Dos chatbots ao Marketing de Defensores: confira ferramentas e temas que devem estar no radar das empresas neste ano
Todos os anos, é possível imaginar quais assuntos, ferramentas e caminhos serão utilizados em qualquer área, baseado no que vem acontecendo naquele setor.
No caso do Marketing Digital, selecionamos 5 tendências que devem fazer sucesso e merecem uma atenção especial por parte das companhias em 2019. Confira:
Tendências de Marketing Digital para 2019 Crescimento dos chatbots
Eles estão deixando de ser uma conveniência para se tornar uma necessidade.
Com o avanço da inteligência artificial, é provável que boa parte das pessoas tenha sido atendida por um robô em um dos chats e nem sequer tenha percebido a diferença para um “atendimento humano”.
Em 2019, estima-se que mais de 2 bilhões de pessoas estejam usando aplicativos de troca de mensagens instantâneas, como o Whatsapp, o que exige um novo tipo de preparação e atendimento por parte das empresas.
De acordo com um relatório desenvolvido pela Oracle, 80% dos líderes de vendas e de marketing das empresas afirmam que já usam ou planejam incluir essa estratégia até 2020.
O estudo ouviu 800 executivos de empresas localizadas na França, Holanda, África do Sul e Reino Unido.
Ou seja, trata-se de uma tendência global que deve também atingir o Brasil na sequência.
Uma das razões por trás disso está na possibilidade de reduzir custos e manter um serviço de qualidade – já que os robôs são capazes de interagir com os consumidores a qualquer momento.
De acordo com estudo conduzido pela consultoria Juniper, a economia com os chatbots pode alcançar US$ 8 bilhões até 2022.
Aumento das buscas assistidas por vozes
No Brasil, trata-se de um mercado ainda distante.
Mas a Alexa (Amazon), Siri (Apple) e o assistente do Google estão cada vez mais disseminados e facilitando a busca para os usuários.
Estima-se que, em 2019, haja crescimento de 15% na venda, fazendo com que quase 27% da população tenha acesso a esses dispositivos nos Estados Unidos, conforme dados do Emarketer.
Segundo a Comscore, em 2020, cerca de metade das buscas na internet será realizada via voz.
E o que isso significa?
Atualmente, o algoritmo de buscas do Google será baseado ainda mais em dispositivos móveis e focado na geografia – mais do que já é atualmente.
Por isso, em relação ao SEO (Search Engine Optimization), sugere-se a atualização de páginas de perguntas e respostas (que facilitem a busca desses assistentes); pensar nas palavras-chave da forma como as pessoas devem falar e não escrever; atualização constante do Google My Business.
As buscas por imagens vão crescer
Os mecanismos de Inteligência Artificial usam o conteúdo e as imagens para trazer os resultados relacionados.
Esse mercado de reconhecimento de fotografias já vale US$ 25.65 bilhões, segundo estimativas.
Conforme a Business Wire, 62% dos millenials e da geração Z desejam a melhora dessas buscas em detrimento de qualquer outra tecnologia.
Assim como com as assistentes via voz, os sites terão que ter mais atenção nesta área em prol de um bom SEO.
Alguns cuidados:
- Adicionar descrições para todas as imagens;
- Otimizar os títulos das imagens;
- Otimizar as características da imagem com palavras-chave;
- Ter sites responsivos;
- Reduzir o tamanho das imagens para facilitar o carregamento.
Um mundo cada vez mais personalizado
Foi-se a era da produção em massa.
As empresas devem se preocupar com a personalização para todos os perfis de clientes.
Uma pesquisa da Marketo mostrou que quase 79% dos consumidores que se envolvem com uma marca usando cupons e outros tipos de ofertas querem se manter vinculados a elas como ocorreu anteriormente. ]
Ou seja, se a proposta funcionou via e-mail, deve-se manter nesse formato; e assim sucessivamente.
Por isso, os bancos de dados das companhias precisam estar mais atualizados para atingir o consumidor do jeito que ele gostaria de ser contatado e, mais do que isso, sugerir produtos e itens que estejam em linha com o seu perfil de compra.
Nesse contexto, tanto o portfólio de produtos quanto a mensagem precisam estar adaptadas para cada cliente.
Estima-se que a personalização possa aumentar as vendas em 10% ou mais.
Para tal, é preciso ter sucesso em três frentes: a gestão de dados, a tomada de decisão autônoma das máquinas e a distribuição de conteúdo personalizado.
5. O Marketing de Defensores será um dos diferenciais
É fato: o alcance orgânico nas redes sociais pelas empresas é cada vez menor e pagar por anúncios não é uma opção garantida.
Por esse motivo, o investimento no Marketing de Defensores surge como uma forma de driblar essas dificuldades.
O objetivo do Marketing de Defensores é identificar, engajar e mobilizar as pessoas que amam sua marca, ou seja, os Defensores de Marca para que sejam os propagadores da mensagem da marca em suas redes sociais, sites de reviews ou em uma conversa com amigos e conhecidos.
Enquanto as redes sociais reduzem o alcance orgânico das empresas, elas atuam menos nas páginas pessoais.
Por meio do Advocate Marketing (como é conhecido em Inglês), as companhias incentivam seus fãs a compartilharem e produzirem conteúdo relacionado, divulgando ofertas e conteúdo institucional e fazendo indicações a amigos, repetindo a estratégia do marketing boca a boca.
Afinal de contas, 9 em cada 10 pessoas são impactadas pelas sugestões ou recomendações de seus amigos, colegas e familiares, segundo pesquisa da Consultoria Nielsen.
Há estudos que indicam que as conversões de vendas em programas de Marketing de Defensores atingem 35% — enquanto os modelos tradicionais ficam na casa de 1%.
O motivo?
Há uma confiança maior em pessoas do que em marcas.
Além disso, trata-se de uma estratégia barata se comparada a outras, especialmente a publicidade tradicional ou mesmo os investimentos feitos em patrocínios em redes sociais.